4.9.13

um logo se vê

Este blogue vai hibernar e não sabe se volta a acordar no período de temperaturas mais quentes.
Sejam felizes :)

25.8.13

Inverno

Helena Almeida

"A nossa maior prova de lealdade para com outra pessoa é a nossa monstruosa deslealdade com todos os outros."  Alain Botton

28.7.13

Por dentro da cidade














Mouraria nightwalk, rua de S. Domingos e MUDE

3.7.13

This is the end

Salão neurótico

numa altura em que não se vislumbra nada de bom, rir é o melhor remédio!

17.6.13

De bolso leve e cabeça cheia

Em dias da puta da austeridade é sempre disto que eu me lembro 
( parabéns aos professores, somos grandes )


16.6.13

Dos fins de tarde

Nós - os óculos de sol - o sal - a esplanada - a cerveja - as gargalhadas - a tua obssessão pelo protetor solar- o café- o livro - a revista - os meus disparates - os teus alertas sobre os meus sinais no corpo - eu a reclamar pelo preço das coisas - as tuas caminhadas - eu a fumar - tu a reclamares da minha vida sedentária - nós a fazermos caminhadas - tu sempre com fome - eu sempre sem ideias sobre o que faremos para o jantar - as conversas sobre os amigos - a minha preocupação sobre o ano letivo seguinte - tu a tranquilizares-me - nós a fazermos alongamentos - os cremes de corpo - o gaydar a funcionar em conjunto - o geocaching nos sítios mais absurdos - os filmes da seleção de Cannes e do Sundance que ainda nos falta ver - os festivais de música - a pele bonita - tantas outras coisas e mais esta música


16.5.13

E a Escola?


Carta aos Pais


Ex.mo Sr.
Encarregado de Educação:

Tendo em conta a gravidade da situação do país e, muito em particular, da Escola Pública, dirigimo-nos, deste modo, aos Pais e Encarregados de Educação.

Como é sabido, o Governo tem vindo a encetar uma série sucessiva de cortes nas funções do Estado e, em particular, na Escola Pública, visando, ao que dizem, equilibrar as contas públicas e diminuir a dívida do país.

No entanto, como também é público, não só a dívida global do país tem aumentado como também o défice, pese embora o crescente empobrecimento de funcionários públicos e pensionistas, não dá sinais de estabilizar. Em grande parte, a subida da dívida e a manutenção do défice nos valores atuais deve-se a que as políticas de austeridade têm conduzido a um brutal aumento do desemprego, e consequentes encargos sociais, e à diminuição do consumo em geral, fazendo diminuir, ao mesmo tempo, os resultados das coletas de impostos, em virtude da diminuição acentuada da atividade económica.

No entanto, o efeito destas políticas especificamente sobre a Escola Pública é ainda mais terrível. Tendo como objetivo a sua desestruturação, o Governo decidiu encetar na Educação uma série de políticas, das quais destacamos:

  • cortes nos apoios socioeconómicos às famílias (SASE, NEE, apoios escolares…);
  • aumento do preço dos manuais escolares;
  • aumento do custo dos passes de transportes escolares;
  • aumento do número de alunos por turma, até ao máximo de trinta;
  • aumento do horário de trabalho letivo dos professores, implicando a diminuição de aulas de apoio individualizado aos alunos;
  • aumento de número de turmas e de alunos por professor, que pode, em alguns casos, chegar a mais de 250 ou mesmo 300 alunos por professor;
  • diminuição do número de horas dos professores para receber as famílias dos alunos;
  • quase eliminação de horas no horário de trabalho dos professores para o trabalho individualizado ou não disciplinar com os alunos;
  • congelamento das carreiras e progressões profissionais dos professores, há pelo menos seis anos;
  • redução acentuada dos salários;
  • redução do número de funcionários auxiliares/administrativos.

Todas estas políticas, incluindo um novo e considerável aumento do horário de trabalho dos professores, nova redução de salarial, anunciado aumento das propinas dos alunos (espécie de taxas moderadoras da educação), das refeições escolares/bar/reprografia têm um único objetivo: reduzir o investimento na educação até um mínimo desprezível, permitindo o despedimento do máximo de professores e outros funcionários das escolas, abrindo espaço à privatização do ensino público e à sua transformação num negócio, transformando a Escola Pública numa escola exclusiva para pobres.

Claro que conhecemos uma certa argumentação segundo a qual o despedimento de professores tem diretamente a ver com a redução do número de alunos. Mas isso simplesmente não é verdade. O número de professores aposentados nos últimos anos tem sido verdadeiramente esmagador, compensando a relativa diminuição do número de alunos, para já não falar no enorme número de adultos e jovens adultos portugueses com baixíssimas qualificações que procuram as escolas portuguesas mas a que estas, pelos cortes produzidos, não são capazes de responder.

A Escola Pública está no centro da Democracia portuguesa. Ela é o seu mais poderoso instrumento de ascensão, mobilidade e igualdade social, tendo produzido as mais qualificadas gerações da história de Portugal, permitindo que os jovens de todas as classes sociais e níveis económicos pudessem aspirar a uma vida melhor. O que estas políticas do Governo pretendem é, pelo contrário, diminuir a capacidade de ação educacional e cívica da Escola Pública, entregando ao mercado e à competição económica a tarefa de qualificar os portugueses. Todos sabemos onde isso nos irá conduzir: à criação de uma sociedade com dois níveis: um para ricos e outro para pobres, sem espaço para a justiça e a igualdade social. A curto prazo é a própria democracia portuguesa que está em causa.

Todas estas políticas afetarão imediatamente as vidas de milhares de professores, muitos com dezenas de anos de serviço, conduzindo-as à pobreza, mas, logo a seguir, afetarão também profundamente todos os portugueses e a capacidade da Escola Pública para educar e formar as crianças e jovens, eliminando as suas perspetivas de um futuro com um mínimo de esperança e prosperidade.

Todas as posições que os professores venham a adotar visam defender a Escola Pública. Neste sentido, vimos apelar aos pais dos nossos alunos para que se ponham do nosso lado na defesa de uma educação de qualidade; sem um número mínimo de professores e condições profissionais, o seu trabalho será crescentemente difícil ou, até, uma triste impossibilidade, cujo preço final não deixará de ser pago pelos alunos das escolas portuguesas.

A defesa da Escola Pública e do trabalho, com qualidade, dos professores, é, afinal, a defesa das crianças e jovens de Portugal (vossos e nossos filhos), para os quais se exige a nossa mobilização e ação conjuntas.

Contamos consigo.

8.5.13

loud

anda há 1 semana na cabeça...


29.4.13

Fabrics and prints



Nem tudo o que vem do norte é frio, que o diga eu quando vejo ano após ano as coleções da marca finlandesa Marimekko. É um verdadeiro problema não só pelo design, tecidos, cores e formas mas sobretudo pelo facto de nada poder ser comprado em Portugal e também por ser bastante caro. Adoro tecidos, estampagens, peças em cerâmica, desenhos geométricos e muitas cores e esta marca reúne praticamente tudo isto mais os motivos naturais ( que também adoro ) e que espelham um pouco da filosofia de vida dos nórdicos.








1.4.13

They rock my heart




Há muito tempo que um albúm não me entusiasmava tanto como este, ao ponto de 300kms percorridos de expresso parecerem 100, yeah!!

23.3.13

Vencer

                                                                   The Tutu Project
O recente desaparecimento da minha primeira namorada fez-me conhecer este projecto magnífico de Bob Carey que por meio de fotos espelha a luta solitária, esperançosa e por vezes desanimadora dos doentes de cancro. De salientar, que também ele viveu de perto todo este drama de luta e de perda com o falecimento da mãe vítima de cancro da mama.
As fotos estão agora reunidas num livro e que serve para não nos esquecermos que o cancro seja de que tipo for existe e mata mas mais importante que isso é que exige, de todos, uma vigilãncia que não pode dormir porque ele  é matreiro e ladrão de vidas. A vida é feita de muitas vontades e não de sonhos que ficam por concretizar.



5.3.13

dos Imortais



Wings of desire- Win Wenders

Tenho andado por aqui a tentar encontrar uma forma de escrever sobre o que vai cá dentro. Quando de repente a meio das lides domesticas do nada surge a  consciente noção de que não há alturas certas para alguns assuntos. Ainda não me é fácil mas também sei que só aos poucos irei digerir esta ausência.
A morte. O desaparecimento.
As pessoas são únicas mas dentro dessa unicidade há aqueles a quem consideramos imortais, achando sempre que nunca lhe chegará a hora ou cobardemente  considerando que a nossa chegue primeiro a fim de nos sentirmos mais despreocupados na dor. Mas a mente trai e ficamos sem chão, ficamos sem tempo para perceber o que não é para ser compreendido. A morte não se compreende, a morte aceita-se e ponto final, esta é a minha conclusão ainda que a dor me turve o pensamento.
A vida ensinou-me que a família é feita de afetos e de pessoas que escolhemos ou que acolhemos no coração. A vida e não só, as pessoas. As pessoas foram e têm sido verdadeiros companheiros da minha viagem com a sorte de ter escolhido as pessoas certas que me ensinaram a ser melhor sobretudo para mim própria. Talvez por achar que as pessoas são o que de melhor levamos desta vida me seja depois mais difícil cortar laços. E aqui entra novamente a morte. A morte que me obriga a cortar fisicamente os laços que considero irrepetíveis e únicos mas que jamais a alma deixa escapar.
Não é uma questão de solidão é tão somente porque há pessoas que são eternas como tudo aquilo que vivemos com elas, o deslumbramento, o primeiro beijo, a primeira namorada, a aprendizagem. ... e o que eu aprendi contigo minha querida.
Pergunto-me se o que olhas agora tem a mesma cor de outros dias para me agarrar à certeza de que estás bem, e aceitar que a vida te foi roubada. Por aqui fica a certeza de que és imortal porque te sinto  nos momentos de silêncio, todos os dias e porque o mar continua a perpetuar a tua existência para alem do palpável.

18.1.13

desafio

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A leitura sob qualquer forma é uma porta de entrada para a imaginação e o desenvolvimento pessoal daí o caráter imprescindível da mesma.
Para qualquer criança antes dos 6 anos recomendo esta belíssima obra  sobre a amizade. Em fase de leitura inicial recomendo outra  emociona miúdos e graúdos. Em plena fase de adolescência o Silka da Ilse Losa e o Principezinho representam muito bem os propósitos da vida a rebentar por dentro caraterísticos dessas idades.