25.7.12

Mudam-se as cadeiras, mudam-se as vontades



Que admira que sintamos agora à nossa volta paixão e rancor? Tivemo-los nas nossas mãos e não fizemos por eles tudo quanto podíamos, mesmo com as possibilidades económicas e pedagógicas de que nos cercara o meio; em nós temos de reconhecer o principal defeito; por consequência, também em nós a principal causa do ataque.

Agostinho da Silva, in 'Glossas'



Tenho estado a tarde toda a tentar concorrer, mas que raio de ideia foi esta a de mudarem o programa informático em que era feito o concurso nos anos anteriores? Será normal que em pleno sec.XXI para se efetuar um concurso eletrónico a página caia 6 vezes sem razão nenhuma? E depois de se escrever durante 6 vezes, os 10 códigos de concenho, 2 códigos de quadro de zona pedagógica e mais 25 códigos de agrupamentos escolares, quem é que tem mais cabeça para estar a repetir a mesma tarefa quando a página está constantemente a referir que os códigos estão repetidos coisa que não acontece? Como é que é possivel que eu tenha colegas que só conseguiram submeter a candidatura às 05:30?
Amigo Crato, ontem quando soube passar na tv a imagem de bom patrão ( aos meus queridos contratados tomem lá um rebuçadinho ) comunicando que as candidaturas iriam prolongar-se até 31 de julho, não lhe tinha ficado nada mal assumir o erro do seu ministério, cambada....! Todos os anos por esta altura lembram-se de alterar critérios, enviar despachos escritos em cima do joelho que muitas vezes nem as direções de agrupamentos sabem como os por em prática, reduzir horários de disciplinas, cortar com outras, aumentar numero de alunos por turmas, mudar critérios de admissão nas escolas.... mas afinal o que somos todos nós ( alunos, encarregados de educação, professores/educadores e entidades? Não há já paciência por muito que se queira entender o que se pretende com todas estas remodelações, que custam dinheiro a todos os contribuintes, e que nunca mas nunca veio beneficiar em nada a Escola Pública, fala a minha experiência de 7 anos no serviço público...é desgastante muito mesmo, a minha experiência de 9 anos no setor privado foi muitíssimo mais gratificante e serena sem sombra de dúvida, e não o digo de ânimo leve porque depois de andar hà 7 anos a dar a volta ao país, por meio da minha prática pedagógica, gostaria de um pouco mais de reconhecimento e sobretudo de respeito, chega de falta de consideração pelo Ensino, já chega!

24.7.12

Música para hoje

A reter

Era um grande contador de estórias, contudo reconheço que contribuiu para o outro lado da nossa história

16.7.12

Vampiros



Mas como não ficar indignada quando depois de todo um investimento pessoal e profissional que se fez durante 1 ou mais anos letivos num agrupamento onde lecionam 86 contratados se fica a saber que só haverá lugar para 20 no próximo ano letivo? Como perceber que uma escola que é pública, paga por todos nós, funcione há ano e meio sem estar acabada porque a entidade responsável, pela sua construção,  desviou os fundos para tal? Mais , como é que a DREL sabendo que a escola não tem condições para os alunos que lá estão sem um recreio condigno, permite que se roube a sala de professores aos docentes, onde se realizam reuniões, recebem Enc. Ed., para abrir mais 1 sala de 1º ciclo? como é possível tudo isto sem haver sequer um refeitório em condições? Como é que é possível roubar-se ao pré escolar uma sala polivalente para a realização de sessões de movimento e de psicomotricidade para abrir mais outra sala de 1º ciclo? Como é possível abrir mais 2 salas sem criar para qualquer uma as condições  de ventilação necessárias ao bem estar de quem lá está dentro? As condutas de ar lá estão, de há ano e meio para cá bem olhamos para elas, mas como perceber que um país que é económicamente insustentável aprove o projeto de uma escola pública cuja ventilação se apoie única e exclusivamente em aparelhos de ar condicionado? Alguém no Ministério saberá em que condições, alunos e professores, se encontram naquelas salas envidraçadas, quase de alto a baixo? Passará a alguém pela cabeça o inferno que é, ali, dar aulas mal o sol acorde de manhã? Eu gostava de saber se o sr diretor da Drel também tem que usar uma casa de banho destinada a deficientes no seu escritório e partilhá-la , nomeadamente a mesma sanita, com mais 30 funcionários fora todos os encarregados de educação que por lá aparecem e que tenham a infelicidade de irem aflitos.
Estou verdadeiramente cansada de tanta estupidez, da falta de respeito sobre todos os que tentam fazer da Escola Pública o sonho de um espaço, onde não só se realizam exames, mas que ajude o País a crescer.