25.12.09

Voos directos


A Sombra, Fernanda Fragateiro

So this is Christmas
and what have you done
another year over
a new one just begun
...
A very Merry Christmas
and a happy new year
let's hope it's a good one
without any fear
...
And so this is Christmas
for weak and for strong
for rich and the poor ones
the road is o long...

So this is Christmas, John Lennon

24.12.09

Revelações

A alma Azul desafiou-me e eu respondo:

Eu já...descobri tardiamente a minha paixão por Design, Urban Handycrafts, e Ilustração, sobretudo, infantil!

Eu nunca... estive tão gorda como agora, 9kgs é dose, e sem pasteís de nata!

Eu sei... que a Micas ( gata da namorada ), adorava que eu desaparecesse das suas vidas, mas elefante, é a vida!

Eu quero ... especializar-se em Educação pela Arte e em Terapias Expressivas!

Eu sonho... que um dia o mundo possa ser mais livre de preconceitos e mais justo no seu conceito de amar; sonho que um dia este País que é Portugal volte a ter a ousadia, coragem, determinação e a orgaização que o caracterizaram nos séculos XV e XVI; e que os senhores e senhoras doutoras que dirigem o o ME e que acham que percebem muito do assunto, sejam mais humildes e pedagogos do que agentes impulsionadores da mentira que tanto vendem . Em suma, sonho com um mundo onde se possa viver sonhando.
P.S: o selo não o consegui passar para este post pq o meu Mac hoje está mal disposto.

21.12.09

Boas e Quentes Festas para todos!

Deep Freeze by John Falter ( 1910- 1982 )

25.11.09

Pare, Escute e Olhe

Passou no DOC de Lisboa deste ano e estará nos cinemas apenas em 2010, mas vale a pena, valerá sempre a pena quando em causa está o Património Português que a todos pertence.É engraçado sem ter graça alguma uma vez que neste tipo de questões que põem em causa a identidade física ( espaço natural ), social e cultural de um país, a possibilidade de realizar um referendo não é nem nunca é ponderada... está certo!

26.9.09

Da poesia e da verdade


Não tenho outro modo de começar um texto abordando, ainda que brevemente, a poesia de Maria do Rosário Pedreira sem dizer de imediato que a amo, à Maria do Rosário e à sua poesia, inequivocamente. Por mais inusitada que seja uma apresentação assim, é a mais pura verdade, e a verdade tem tudo de científico, como é bom de entender. Cientificamente, posso agora explicar que quando o meu ex-sócio numa aventura editorial me disse que tínhamos visita marcada à casa desta poeta, eu glorifiquei o dia em que o conheci porque andava com o volume A casa e o cheiro dos livros atravessado no coração há muito e não havia maneira de o tirar ou fazer com que me queimasse menos. A Margaret Atwood diz que querermos conhecer um autor porque se gosta de ler os seus livros é como querer conhecer um pato porque se gosta de foi gras. Mas eu, que adoro a Margaret Atwood, acho que este exagero é um pessimismo com o qual não devemos corroborar. Fui a casa de Maria do Rosário Pedreira com pezinhos de nuvem, tímido, sorrindo como os meninos perante docinhos coloridos e, sem saber o que dizer, pus-me a ouvir para me impregnar da mirabolante oportunidade de estar ali. O meu ex-sócio fez o blá blá blá dele, que era mais para negócios do que para outra coisa, e eu queria apenas que aquela senhora percebesse que a minha vida depois dos livros dela adquirira para sempre uma cotação muito maior na bolsa da alma. A partir desse dia, lentamente mas com segurança, a Maria do Rosário Pedreira completou para mim os seus poemas com a amizade que a Magaret Atwood, maravilhosa e errada, não soube prever.

Em Fevereiro de 2009 falar da poesia de Maria do Rosário Pedreira tem de ser – e eu faço questão de o sublinhar – um protesto pela sua mania das longas ausências. Com uma estreia algo escondida em 1989 (Água das pedras, sob o pseudónimo Maria Helena Salgado, Publicações Folha d’Hera), aquilo a que se deita mão quando queremos considerar esta poeta são apenas três títulos: A casa e o cheiro dos livros (Quetzal Editores), de 1996, O canto do vento nos ciprestes (Gótica), de 2001 e Nenhum nome depois (Gótica), de 2004. Três livros que, bastando embora para tornar a autora indispensável, nos mostram de imediato a sua raridade e com que esperança difícil lidamos enquanto não volta a publicar.

Quando em 1996 é editado A casa e o cheiro dos livros estávamos a meio de uns anos 90 de poesia esfriando, como recatando-se, ainda que cada vez mais recuperando tópicos de uma pretensa realidade quotidiana ou simples. Estávamos longe das manifestações mais vulcânicas das décadas passadas em que poetas como Al Berto ou Luís Miguel Nava (nos 70), ou Isabel de Sá, José Emílio-Nelson, Jorge Sousa Braga e Adília Lopes (nos 80) enunciavam o poema como carne viva, doendo, magoando, criando um efeito de exposição e assunção incríveis que, como resultado, levava a uma linguagem de confissão que tende a conquistar o leitor pelo lado mais difícil da vida. O que quero dizer é que aquilo que me importa nestes poetas, os meus preferidos de entre as suas gerações, é uma mesma energia quase sem pudor com que vulnerabilizam o sujeito poético e o perigam de tudo na narrativa própria do poema. Dizia eu que quando é publicado O canto do vento nos ciprestes há uma interrupção na poesia estreada já nos 90 que recupera inesperadamente essa mesma energia do poema como nu: o poema que provoca a impressão da mais pura intimidade. Isto acontece, de facto, inesperadamente, porque Maria do Rosário Pedreira volta a valorizar, como temática maior, a mais arriscada de todas: o amor, ou, com rigor, o desamor. É claro que abundam declarações e queixas amorosas um pouco por tudo quanto se escreve, mas não assim, não fazendo apelo àquela vulnerabilização total, a um lirismo de sabor antigo que faz apelo ao lugar da mítica donzela das Cantigas de Amigo, eternamente esperando pelo amado que eventualmente nunca chegará. Já não se lia nada assim desde há muito e parece-me que, com esta qualidade, só podemos encontrar família para Maria do Rosário Pedreira na perfeita Mariana Alcoforado e nas suas obrigatórias Cartas portuguesas. Há um mesmo abandono na poesia de uma e epistolografia de outra, há esse mesmo sentimento de padecerem as coisas de uma efemeridade incurável que deixa o sujeito amador num carrossel de sentimentos, entre saber que o certo é o amor não vingar mas, ainda assim, amar como se o impossível pudesse um dia acontecer.

Por vezes, entre o amado que vai partir, o amado que já partiu, ou o amado que pertence por completo ao sonho, a poesia de Maria do Rosário Pedreira é sempre uma mulher de coração nas mãos, frágil, aprendendo a aguardar, até não poder mais: «Não partas já. Fica até onde a noite se dobra / para o lado da cama e o silêncio recorta / as margens do tempo.» (A casa e o cheiro dos livros); «Dizem os ventos que as marés não dormem esta noite. / Estou assustada à espera que regresses (…)» (A casa e o cheiro dos livros); «Mãe, eu vou-me embora – esperei a vida inteira por quem / nunca me amou e perdi tudo, até o medo de morrer.» (O canto do vento nos ciprestes).

Eu compreendo bem os leitores de Maria do Rosário Pedreira que vivem com nós no estômago e que, aqui e acolá, se abeiram da autora com o cuidado bonito de quem acreditou nos seus textos. Compreendo porque, independentemente da factual veracidade destes, na qual não é importante acreditar, o efeito da sua poesia é aquele da intimidade que nos induz a uma sensação de ficar perto, de chegar perto ao mais genuíno de alguém. E essa genuinidade, sim, se passa no poema, é sempre verdadeira. Este é o triunfo de uma poesia deste género, em que se recupera o efeito de carne viva com a coragem de suportar depois o quanto a carne viva impressiona as pessoas. Por aqui também se justificará um pouco a preciosidade que é uma poesia assim, feita do mais difícil dos temas – absolutamente o mais arriscado e o que mais levou poetas ao fracasso –, e por isto se entende ainda que tenhamos de ir até Mariana Alcoforado, no virar do séc. XXVII para o XVIII, para encontrar uma referência válida à altura do que agora se analisa.

«Quando eu morrer, não digas a ninguém que foi por ti.» (O canto do vento nos ciprestes), diz Rosário Pedreira num poema onde, resignadamente, o sujeito poético se vulnerabiliza e tenta anular. É o este mesmo sujeito poético que, para o que à literatura importa, se fortalece cada vez mais, isolado por ser agora tão único na poesia dos nossos dias, contribuindo para evidenciar a poesia feminina de alguém que a História seguramente amará, como amam e amarão todos quantos saibam ler o coração.

Hoje é dia de S. Valentim, mas mesmo que não fosse, esta declaração de amor seria, do mesmo modo, assim.

Valter Hugo Mãe, sobre Maria do Rosário Pedreira
tirado da net

28.8.09

Não fosse a crise...

...e independentemente de ter uma perdilecção por estas meninas,era mesmo uma destas que eu precisava, uma vez que todos os anos trabalho num sítio diferente obrigando-me a gastar dinheiro em transportadoras.Pois é, e viva a avaliação!



27.8.09

incontornável



Milla Jovovich
fotos:net

25.8.09

A true story


Uma cidade. Dois homens. Um dom. Uma vontade. Uma doença.Uma oportunidade. Um entrar dentro. Um compositor. Duas vidas. Uma amizade. Uma história verídica. "O solista" um filme belo.

20.8.09

12 meses a comunicar

Foto: Kate Cusack, zipper necklaces.

« "Quero falar-te dos meus sentimentos."
Foi assim que a comunicação começou.
Comunicar é como jogar andebol.
Eu atiro a bola e tu apanha-la.
Depois, tu atiras a bola e eu apanho-a.
E, outra vez, eu atiro a bola...;

" Quero falar-te dos meus sentimentos."
Foi assim que a comunicação começou.
Tal como precisamos de atirar a bola para trás e para a frente para jogar andebol,
precisamos de falar uns com os outros dos nossos sentimentos para comunicar...»
Quero falar-te dos meus sentimentos
, de Mamoru Itoh.

9.8.09

Surpreendentemente bom!



...embora no Festival Sudoeste deste ano a coisa não tenha corrido bem, à conta da Organização, claro!

8.8.09

Mercado Mundo Mix


foto: do site do Mercado M.M.
Em Faro, a decorrer nos dias 14,15 e 16 de Agosto.
Trata-se de uma iniciativa onde handycraftrs e designers podem dar a conhecer o seu trabalho,fico sempre de boca aberta e com vontade de trazer imensa coisa,não fosse eu uma docente contratada que faria-o mesmo!

3.8.09

As coisas acertadas que se dizem depois de umas minis...


foto: net

l: " Estás melhor?"
rv: " Estou, depois da injecção de cortisona já me sinto bem melhor, mesmo que na enfermaria do centro de saúde 4 enfermeiros tenham gozado com o aspecto do meu rabiosque e dos braços por causa das picadelas...; se dependesse de mim não haveriam mosquitos..."
l: " Mas tenta ver as coisas pelo lado positivo, pelo menos a eles podes dar sangue!"
Resultado, gargalhada total!

14.7.09

26.6.09

Da imortalidade


A imortalidade é assim, de repente surgem as memórias entre amigos, festas, episódios da adolescência, entre outras coisas mais. Hoje relembrei as conversas que tive tantas vezes com a minha mãe sobre a morte de um rei da música, no caso dela o Elvis, o curioso é que a vida tanto naquela altura quanto nesta tem sempre a mesma inevitabilidade a diferença está apenas na hora e e forma de desfecho.
O melhor será aproveitar...sempre!

7.6.09

...


foto: Pedro Moreira

5.6.09

4.06.1989


Tiananem
... e passaram-se 20 anos sobre aquela que foi uma tentatida de se ser, de usufruir do direito à individualidade, do direito à liberdade, do direito à opinião própria, do direito a experimentar ter direitos.
Há imagens que não esqueço e a que está aqui em cima é uma delas, há imagens que nos ficam mesmo que adormecidas e que nos repelem sempre que são acordadas, como aquelas que vi ontem num documentário na tv2 sobre os 20 anos após a tragédia. O realizador francês que o realizou procurou as vítimas daquele dia, e as vítimas vivem, ou respiram, ou sobrevivem respirando. Os que foram presos naquela data acabaram de cumprir as suas penas em 2006 e dois anos após a sua saída estão bem piores do que quando entraram tendo muitos passados por torturas, espacamentos e abusos psicológicos, estratégias de um sistema comunista severo, cruel e autoritarista.
Cheguei mesmo a emocionar-me com a entrevista feita a um desses ex-reclusos que hoje vive escondido com a irmã em sítio desconhecido pelo medo que têm em serem reconhecidos.
A tragédia passou ao lado para muitos porque é proibido falar sobre o que se passou, as novas gerações não sabem o que se passou naquele dia, a família não é autorizada a falar uma vez que tal foi considerada uma vergonha para o país. Não se fala, não se questiona, não se reflecte, não se pensa, aceita-se.
... e a tv continua a passar os reclames da vida fácil na China, da família perfeita, da harmonia fácil consolidada na vontade de alguns mas que transparece na de todos.
E passaram 20 anos mas tudo continua na mesma, continuam todos a falar baixinho.

25.5.09

Festival de Músicas do Mundo de Sines, 2009

Lee Scratch Perry - Jamaica
De 17 a 25 de Julho,para mais informações aqui

14.5.09

7.5.09

O que me ri


Um filme que para a época está bem conseguido sobretudo a nível de guarda-roupa categoria que foi premiada com um óscar.

5.5.09

15.4.09

É para sair mas... só em junho


para participar é só querer, agradecemos todos e as gasolineiras também :)

11.4.09

Joana Vasconcelos

" o teu rosto à minha espera,o teu rosto
a sorrir para os meus olhos,
existe um trovão de céu sobre a montanha.

As tuas mãos finas e claras,
vês-me sorrir, brisas incendeiam o mundo,
respiro a luz sobre as folhas da olaia.

Entro nos corredores de Outubro para
encontrar um abraço nos teus olhos,
este dia será hoje na memória.

Hoje comreendo os rios,
a idade das rochas diz-me palavras profundas
hoje tenho o teu rosto dentro de mim. "
José Luis Peixoto, in «A casa, a escuridão»

30.3.09

Máscaras

foto: Paulo Madeira

A maldade não è coisa que se aprenda, è intrínseca e dói, mói, mata-nos por dentro e por isso è difícil acreditar que a noite tem fim.

27.2.09

Serralves - " Do rato Mickey a Andy Warhol "



Exposição de obras de alguns artistas plásticos, desta vez no campo da Literatura infantil; para vêr na biblioteca de Serralves até 14 de Maio.

15.2.09

Festival de cinema de Berlim 2009

"LA teta asustada", de Claudia Llosa e "Gigante", de Adrián Biniez foram os grandes vencedores da noite e ao que parece ambos os filmes prometem uma vez que competiram com outros grandes da sétima arte, são eles: Sally Potter com "Rage"; Stephen Frears com "Cheri" e ainda François Ozon com "Ricky".
Houve ainda tempo para José Padilha concorrer ainda que noutra categoria que quanto a mim não é de menor importância , pelo contrário, os documentários tanto permanecem em mim quanto um bom filme, assim foi com "Garapa", um documentário sobre a fome que o realizador concorreu.
Aproveitem, eu decerto que não vou perder...

10.2.09

Annie Leibovitz versus Hollywood versus Disney

The wizard of Oz, com Keira Knightley

Peter Pan, com Mikhail Baryshnikov e Gisele Bundchen

The little mermaid, com Julianne More e Michael Phelps

Cinderella, com Scarlett Johansson

Snow white, com Rachel Weisz

30.1.09

19.1.09

The crying light



Antony and the Johnsons