2.6.08

Ego=Game Over

Paulgi

E penso... o que será que faz com que as pessoas se aproximem umas das outras...
qual o objectivo ou sentido que damos quando vamos ao encontro do outro que nos recebe e nos incentiva de alguma forma a um encontro mais próximo?
Por vezes por não o percebermos na íntegra, somos surpreendidos pela vontade egocêntrica dos outros, porque apenas pensámos que a dita vontade era o reflexo do aproximar, do querer saber quem é o outro, do querer cuidar, do querer abraçar o doce mistério daquele com quem se cruza.
Mas não... afinal não...
e então somos surpreendidos pela verdade...
e é tão feio quando nos confrontamos com o que é e sempre foi, afinal.
E é triste quando percebemos que tudo não passou de um jogo de pura sedução, no qual o Ego alheio e mudo á simplicidade do outro Ser se manifesta de mansinho para não causar grande distúrbio... mas nós percebemos, finalmente percebemos, estupidamente percebemos que tudo não passou de um jogo...: " ...pois, é um pouco como um jogo de futebol."...
Só então percebemos que tudo não passou daquilo que sempre detestámos na vida... a mentira e omissão.
E então paro...
faço rewind e curiosamente algumas peças anteriormente isoladas começam-se a encaixar no velho e gasto puzzle.
Não deixo de achar triste que no decorrer desta peça, a estória se desenrole em torno do alimentar do ego do protagonista por parte de uma personagem secundária, porque de facto se tudo desde o principio para mim indicasse que seria um jogo, então há muito que não estaria no mesmo, porque para quem não sabe eu não jogo... quanto muito eu arbitro,

rv

8 comentários :

Gisela FFale disse...

nada mais me ocorre do que uma frase do grande António Lobo Antunes "fomos todos tão mal amados"...não tentes descobrir o que "as" move...há pessoas/gente que não tem a capacidade de conhecer o prazer da luz da verdade...e muito mais sobre este texto poderia dizer...mas há silêncios mais cheios de sentido...
beijinho

GRAFIS disse...

infelizmente há pessoas assim, que não sabem viver de outra forma, que magoam... como o raio! mas tb acho que têm um ego pequeno, pequeno e insaciável, frio e frigido. essa procura insaciável por novos "peões", essa necessidade de alimentar se alimentar e alimentar jogos são um reflexo disso. são pessoas pequenas e vazias, com um grande buraco ao fundo, sem fundo, e como diz ali a Lover, mal amadas, a começar pela quase total ausância de amor próprio.
não penses mais nisso. há certas coisas que servem apenas para sedimentar, para nos fazerem maiores :)
bj

GRAFIS disse...

desculpa lá as gralhas. já estou a acusar cansaço :)
bjs

Smile disse...

“Todos comem e bebem; mas quão poucos sabem distinguir os sabores!” – (Confúcio)
Pessoas que não conhecem o sabor da honestidade, da amizade e da verdade porque só conhecem o sabor amargo da falsidade e da mentira e ferem os sentimentos dos outros. Por vezes “somos surpreendidos pela verdade” que afinal era uma grande mentira.
Mas temos que olhar para as estrelas que brilham na escuridão, é essas estrelas que fazem a diferença.
Nestas alturas temos que pensar que “aquilo que não me mata, só me fortalece” (Nietzsche)
Bjs e sê oceano

serotonina disse...

Existem duas razões para que duas pessoas se aproximem, ou o fascínio pela diferença ou o aconchego da semelhança. mas cada vez mais, vejo aproximações dessas, que somente servem para alimentar egos. Essas "abelhas-mestras" usam as pessoas como se fossem descartáveis depois, deixam-nas ir, ou pelo menos assim parece. Quando percebem que aquela pessoa que "dispensaram" está prestes a encontrar a felicidade junto de outra pessoa, voltam e inicia-se uma nova parada nupcial com todos os ingredientes de sedução.
Agora em jeito de remate e apanhando um pouco da "conversa" num outro post, la no meu canto, resta-me dizer que: para estas abelhas-mestras, nem uma bancada chegava, e isto só para as que andam pela blogosfera.

GRAFIS disse...

olha serotonina, curto e direito ao assunto. dedo na ferida. e depois as vitimas ainda são elas, as abelhas-mestras.
importante é desprendermo-nos... porque, de certos sitios, já sabemos o que esperar.

serotonina disse...

ora nem mais! :)

Maria Papoila disse...

E a vida é um jogo, não é?
Por vezes daqueles maus, maus, que nem apetece gritar: GOOooollloo!